sábado, 28 de janeiro de 2012

In sane


"Sometimes the only way to stay sane is to go a little crazy."

Existem paranóias, medos que vivem no interior de cada um. São tão singulares quanto as características físicas, fazem parte de quem você é. Sabendo disso, você continua vivendo sem se arriscar muito, com medo de quase tudo porque foi assim que te criaram (enquanto eles podem te manter com medo eles podem te manter controlado) em um estado quase paralizado, porque no fundo você lembra do que eles disseram, se mantenha na linha, se puder também esqueça seus sonhos, tu é muito pequena para eles. Afinal, se a maioria não conseguiu, por quê alguém como você conseguiria?
Não acreditando nisso, tenta mudar a forma de viver, adquire pensamentos, vontades, para posteriormente ser julgada por eles e ver todas suas coisas na rua. Então, seguindo as regras, continua. Só para depois de alguns anos eles acharem que há algo errado contigo. Essa menina precisa de remédios, a cabeça dela não funciona bem. Está cheia de medos! Não consegue nem ir até a esquina. Ela não sabe nem sorrir, os lábios não se abrem.
Até que, aqueles que te imporam tanto, deixam as máscaras caír. E veja, a verdade não é bonita. Ela não chega nem perto de ser agradável, mas sem dúvida é libertadora. Porque finalmente você tem o poder de fazer suas próprias decisões sem ser caçada com o conceito de certo e errado, céu e inferno, porque, afinal, quem te contou sobre o céu duvidosamente já esteve nele.
Vai  enquanto ainda é tempo, corre por tua vida, pesca teus sonhos novamente. E tudo melhora. A liberdade é tão grande que você se perde nela, se mete em confusões, erra pra caralho, mas nunca se arrepende. Porque finalmente existe algo além das paredes do teu quarto. Existe uma vida, vontades, medos que são ultrapassados pelo amor que se tem ao respirar, olhar o céu, sentir o vento.
Você é tudo que sempre deveria ter sido. Mal se lembra como era antes quando os pesadelos predominavam, corre atrás do que quer e tem opinião forte. Aprendeu, finalmente, com tudo que viveu. Porque só assim se aprende: fazendo as coisas.
Quando você sorri, grita, sente, eles decidem que você tem outro problema. Está forte demais, pensando em si, arriscando. Essa menina é explosiva, ela defende o que quer. É muita raiva! Nós só a provocamos, mas ela reage. Parece que faz as próprias decisões. Tem algo errado com ela.

Ninguém NUNCA está completamente satisfeito com os outros. Todo mundo sabe muito mais sobre a vida alheia do que a própria, e raramente tenta mudar isso. Hoje em dia, características únicas como medos, vontades e sonhos são tidas como doença. Tudo precisa ser tratado a base de Prozac e uma penca de tarja preta. Você não tem nada a temer, mas também não tem nada a desejar. É isso. A psicologia é o mal do século, aonde existe muito remédio para pouco sintoma, muita solução rápida que evita o "faça você mesmo." Para quê se esforçar se uma pílula faz isso por ti, não é mesmo?
Eu prefiro ser diferente do que uma cópia de uma cópia de uma cópia. Prefiro permanecer com meus medos e, quem sabe, perdê-los sozinha. Crescer, aprender, viver cometendo vários erros, mas fazendo as coisas. Prefiro também ir atrás do que eu quero, mesmo não sendo de aprovação mundial, e depois não me arrepender por não ter feito nada do que eu quis.

Façam um favor a todos, deixem os remédios para quem realmente precisa.

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